domingo, 1 de junho de 2008

A propaganda é a alma do negócio

Mais uma vez, em um bar badalado de Salvador, entre conversas e mais conversas...

"eu não aguento mais essa propaganda da Polishop" "oh vei, eu já estou convencido de que preciso daquela escada".

Na tv LG Slim de Plasma, a única coisa que passava era a propaganda da Polishop, que anunciava uma escada multi-uso. Na moral, só faltou dizerem que a escada podia virar um carro. A escada era compacta, dobrava toda. Quando abria, a escada tinha diversas posições e ainda servia de andaime. E comprando a escada, recebia "inteiramente grátis" uma mala de ferramentas, parafusos, brocas, buchas... um kit pedreiro-marceneiro. Só faltou o vídeo-aula de como utilizar aquela mala.

"me convenceu, eu quero aquela escada".

Depois da escada foi a vez de uma escova de cabelo que seca e alisa. Dando dicas de mil e uma formas de mudar "seu penteado". Uma das meninas quis logo comprar uma pra ela. "eu não posso, a moça no salão disse que eu tô ficando careca aqui na frente, que tá bem ralinho, veja as fotos daquela festa para você ver o buraco que está" [qualquer semelhança comigo é mera coincidência mesmo, não fui eu quem disse isso não mas parece né? hehehe].

Por último e não menos importante... um aspirador de pó, multifuncional também. "essa é para você quando morar sozinho". "nem faz poeira para você arrumar a casa". "eu ainda prefiro a escada e a mala de ferramentas e bagulhos de carpinteiro".

Pois é, já disse que minha tese de mestrado será a análise do discurso persuasivo da Polishop. Porque depois daquele bombardeamento de informações apelativas, quase um "compre batom, seu filho merece batom" [lembram dessa propaganda? quem não saia correndo para comprar batom ou qualquer outro chocolate?]. Isso me leva a pensar nas demais propagandas que incitam o desejo de comprar o produto anunciado. Depois de uma overdose de estudos sobre "análise do discurso" é fácil perceber a "mágica" das palavras da propaganda.

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