Mas as conversas de bar não se resumem à mesa, mas também ao caminho feito até chegar no local. Eis que estou indo mais um amigo encontrar o pessoal num barzinho. Chegando lá muitas mesas na porta, muita gente bonita na frente, mas o que me chamou a atenção foi o individuo (que aqui eu vou chamá-lo de Tio) encostado em um carro. O Tio dançava e fazia caras e bocas para toda e qualquer mulher que passasse por ele. Sabe aquele tipo coroa que acha que tem 20 e poucos anos, chega sozinho no lugar, enche a cara e quer pegar todas mas não pega nem gripe? E os rapazes ainda tiram um sarro da cara dele. Pois é, esse é o típico Tio. Só que ao ver essa cena me lembrei do que aconteceu mês passado. Estávamos no bar, entre chopps e muita risada, paquera nas mesas do lado e nada evoluindo mas tudo bem, faz parte levar um fora as vezes. Ainda mais quando numa mesa só tem gente lerda e na outra só casal. Abstrai por favor.
Quando olho para trás para chamar o garçom, do nosso lado encontra-se uma figura exótica. Do outro mundo. Devia ter seus 40 e poucos anos, de calca jeans, camisa da Colcci, boné, batidão de prata e no pé um Nike. Ele dançava achando que estava em uma boite, mas estávamos num bar. Na nossa conversa de mesa, passamos a denominá-lo de Tio (pela aparente idade e o estilo mauricinho de 20 poucos anos, sem preconceitos por favor tá?!). Quando alguma mulher passava por ele. Fazia caras e bocas, comia com os olhos, agarrava, queixava e só levava fora. "Opa! ele está se aproximando da nossa mesa. Acho que eu vou rir". "Não ria não que ele tá vindo pra cá". Mas foi apenas um alarme falso. Uma galerinha ao lado ficou tirando sarro com ele, e ele achando que estava se enturmando. Pobre coitado! mal sabia ele que era motivo de piada. Como é que uma pessoa se presta a um papel desse? É necessidade de aparecer? Pendura uma melancia no pescoço pow!
Então, voltando para o bar de sábado... e lá estava eu indo me encontrar com o pessoal e vejo um outro Tio. Som alto (o que acho brega) para aparecer e mostrar que o carro virou um trio elétrico, todo mauricinho de 20 e poucos anos, corrente de prata no pescoço e as caras e bocas que fazia para todas mulheres que passavam por ele. "Rapaz, esse cara acha que pega alguém assim é?". Também critico meninas que se vestem parecendo senhoras e senhoras que se vestem como 'mulher da vida' (para não dizer o nome mais apropriado). Umas querendo mostrar a pureza que não tem e outras a todo custo querem impor a que já perdeu a torto e a direito nessas festas de camisa, filando aula do colégio... E os tios que acham que usando Colcci, Ellus, Cháchá DumDum e outras marcas tipicas dos jovens vão conseguir se enturmar, mas na verdade viram motivo de piadas. Tem tios que até tem estilo, são naturais, mas tem outros que forçam uma barra danada. E quando inventam usar nossas gírias? Totalmente nonsense!
Então, por favor, tio, tia, brother, mina... sejam vocês mesmo. Nada de sair inventando por ai, nada de usar um vestido roxo, com uma meia calça preta e um cabelo loiro de água oxigenada, sendo que você é mais branca que um Albino. (mas isso já é assunto para uma outra postagem...)