quarta-feira, 2 de julho de 2008

A moda agora é ser um "moranguinho" ou seria um cajuzinho?

Estávamos ali, prontoS para entrar naquele lugar. Nome na lista, agora, era procurar a lista. Cadê a lista? São oito e 2 pessoas na recepção. Mandaram para uma fila que se estendia quase até a esquina. "Pelo menos não está chovendo, veja por esse lado". A fila andou. Andou mais um pouco. Mais dois passos. "Se chover temos o toldo". E começou a chover. Todos correm para o toldo. A fila anda, mas "e a chuva?". "Que horas são?" "Meia noite e dez. aguenta ou vamos embora". Fomos embora. Chegando no carro a chuva passa. De lá para uma mesa de bar. O celular toca. "Onde você está?" "Indo pro bar. Vamos!". "Vamos".

Na mesa do bar...

"Um suco de laranja, por favor." "uma Bohemia long neck, por favor". "Eu sou o único alcoolatra aqui é?, cadê fulano que não chega para me acompanhar na cachaça?". Fulano chega... apresentações feitas. "Garçon uma Ice. E você não vai beber?" "Ele falou exatamente isso. Cadê você pra acompanhá-lo na cachaça?" "E agora que eu chego você para?" "Acabou [risos]". "Isso aqui não está como no São João não. Muito cheio. Mas ótimos colírios heim?".

Papo vai e vem...e você começa a reparar no que as pessoas estão vestindo... Uns com camisas de futebol (teve algum jogo ontem?), umas achando que estão na praia, outros no inverno europeu (Alôw, você está em Salvador, não vamos apelar). Uns bebem, bebem, bebem e saem trocando as pernas. Outros comem. E a gente tentando comer também... "Como é isso heim? Moreninho Escocêz, ou é moreno ou é escocêz, os dois não dá" "Tá faltando um pra gente pedir 'Dona Flor e seus três maridos' [risos]" "Ele quer a galega" "A galega veio torrada demais [risos]"

E voltando a reparar no que as pessoas estão vestindo... "Tem gente que não se toca né? Acha que está abafando, mas parece aquelas embalagens de docinho de festa". "Ela acha que está bonita com aquilo é?" "Toda um moranguinho ambulante". Cá pra nós, tudo bem que gosto é que nem braço... tem gente que não tem, mas sair de casa vestida parecendo docinho de festa tem limite né?! E ainda se fosse uma coisa discreta, mas era um rosa pink com umas flores gigantescas. Venhamos e convenhamos, essa pediu pra ser criticada aqui.

Já dizem que a roupa fala muito sobre a pessoa. Um tem estilo mauricinho e a outra de patricinha, outro não tem nada a ver a calça com a camisa pólo por dentro, aquele cinto e aquele sapato social. Uns adotam o estilo roqueiro, punk, heavy metal. Outros são mais tradicionais. Alguns só porque estão na Bahia (me refiro aos gringos, nosso "inverno" é fichinha pra eles) desfilam de camiseta e exibem a insolação (tadinho... aja Caladrill no dia seguinte). Mas nunca vi ninguém sair vestida de "forminha de docinho" pela rua. Que estilo é esse? Sair que nem um cajuzinho, brigadeiro, moranguinho pela rua é fashion? Nem no SPFW tem isso... se bem que ali as vezes aparece cada coisa estranha, mas sabemos que boa parte do que é mostrado na passarela não ganha as vitrines, há os looks certos para o consumo e outros que são apenas peças de criação (o que podemos chamar de enfeites de passarela e meros objetos de coleção do artista). Ninguém vai sair pela rua com um pavão azul na cabeça exceto se vc for a Samantha de Sexy and The City, como no filme, no dia do casamento...

terça-feira, 24 de junho de 2008

sopa de letrinhas

Os três amigos mais uma vez reunidos. Sentam em uma mesa, chamam o garçon, fazem o pedido e enquanto esperam o prato reparam no que acontecia ao redor deles. Sentaram em uma posição estratégica. De onde estavam, eles viam tudo o que se passava em todas as outras mesas. Seria trágico se não fosse cômico. Eles ao centro, um casalzinho um tanto quanto estranho à frente deles, outros suspeitos lá na frente, uma mesa só de casal atrás e elas na mesa ao lado, prontas para atacar a qualquer momento.

O post de hoje é dedicado às viuvas-negras daquela noite; uma loira de farmárica, uma morena e uma ruiva de farmácia também. Elas sairam àquela noite prontas para atacar e devorar suas presas. Chamaram o garçon, deram um bilhetinho para que ele entregasse na mesa dos casais. É isso. A falsa ruiva estava de olho em um dos casais. Ela queria ser aquela que ele beijava. E porque não seria? Ao menos tentaria. Sentada, jogava seu corpo para frente, se insinuava, encarava, passava a mão nos cabelos, seu olhar dizia "me possua". Um. Dois bilhetinhos sem sucesso.

A morena passa a encarar um dos três amigos, esse resolveu 'brincar' também e soltou um beijinho. Mas elas queriam os casados. Com quatro letras um dos amigos adjetivou-as, entre eles passaram a chamá-las de doze letrinhas. O pedido chegou. Se serviram. Mas e elas? Elas teriam o banquete da noite? Sem sucesso, elas foram embora. A morena com um micro vestido parou o bar quando se levantou e foi embora. todos a olhavam, as outras de jeans e camiseta não chamavam atenção mas a morena era de 'parar o trânsito'. Na porta do bar, perto das galinhas [não pessoa, não animal, apenas enfeites] um pote de balas. As amigas pararam, pegaram umas balinhas e sairam.

E lá se foram as doze letrinhas...

segunda-feira, 23 de junho de 2008

vovó Zilda ataca gringo

Sentados em uma mesa de bar, os três amigos atentam-se para uma situação que ocorre na mesa ao lado.

Na mesa ao lado, duas bichinhas [nada contra a opção sexual de cada um, mas é porque elas eram daquelas bem baixo astrais mesmo, por isso usamos o termo, mas não querendo ofender ninguém. por favor não interpretem mal] há a tentativa de um diálogo com um grigo que estava sentado sozinho em outra mesa próxima. "Sorry, I speak in English". As duas se entreolharam sem entender uma só palavra, mesmo assim continuaram a travar [porque foi uma verdadeira batalha, digna de efeitos especiais hollywoodianos] o diálogo. Chamara o gringo para sentar em sua mesa. "Você bebe?" e o gringo não entendia nada. "Refrigerente? Cerveja? Capiroska?" [e levantavam os copos na tentativa de uma mímica o gringo entender o que 'elas' estavam dizendo]. Sem sucesso... partiram para outra pergunta e assim foram levando o papo [uma mistura de portunhol, já que inglês elas não falavam nada].

Enquanto isso... os três amigos, enquanto bebiam, riam da situação engraçada das bibas com gringo. "Ela parece a vovó Zilda da Família Dinossauro" [os três caem na risada]. Alguém lembra da vovó Zilda? Era aquela velinha chata, que implicava com o Dino, e vivia numa cadeira de roda. Pois bem, a 'nossa' Zilda não estava na cadeira de rodas, mas era uma pentelhinha também, a todo custo tentando seduzir o gringo. Essa queria no dia seguinte contar a todas suas amigas que pegou um gringo e que fez tudo e mais um pouco. [sem comentários!]

"Você está hospedado aonde?" [por causa do barulho não deu para ouvir o que o gringo respondeu] "Nós moramos aqui atrás". "Você é casado?" e mais uma vez o gringo não entendeu. "Iiiiiii tá difiiiiiiiiiiiiiiiiiiicil!", disse a 'vovó Zilda'.

E os três amigos "dá proxima vez que você for num bar, traga um dicionário inglês-português-inglês". [risos] "e um de informática" [um deles passou boa parte da noite tentando lembrar qual era o nome do programa que faz caricaturas na internet] "é template" "não! template é plano de fundo" "interface" "também não, interface é o visual da página" "mas então é alguma coisa com plate" [minutos de silêncio para tentar lembrar o nome enquanto isso vovó Zilda não desistia de ir para a cama com o gringo. E não é que sairam dali juntos?!]

** conselho: quer falar inglês? aprenda pelo menos o básico! mímicas não são legais e não tente um portunhol que isso não pega bem mesmo!

domingo, 22 de junho de 2008

Sal grosso...

Sábado, São João comendo no centro e a gente perdido por Salvador. O que fazer? Bar! cada um mais vazio do que o outro. Pararam em um. Cerveja quente. O gerente não fez a mínima questão de ser simpático. "Todos estão reclamando" "E você não vai tomar nenhuma providência?" "Mas você não é a primeira nem a segunda pessoa que reclama da cerveja, chame o garçon e diga para ele colocar álcool com sal grosso" "Eu?". Minutos depois o garçon vem recolhe o balde da cerveja e traz um outro super gelado.

Ok... até ai tudo bem. Papos sobre namoro, casamento. "Eu prezo a individualidade, não sei se conseguiria viver sobre o mesmo teto com outra pessoa. casar? viver junto? acho que não dá. Imagine acordar e olharem pra minha cara amassada? e o mal-humor? se eu já não me aguento naqueles dias de hiper-mal-humor imagine aguentar outra pessoa? e se coincidir? ai vai ser pior que a guerra do Iraque". "Também não é assim, não é com qualquer pessoa, é aquela que você escolheu para viver 'pra sempre'. Tem uma química, uma afinidade entre vocês". "não mesmo!" Esse papo continuou com os outros dois da mesa enquanto o terceiro praticava o Nadismo. Ou seja, desligou-se completamente do mundo por alguns minutos.

Sairam dali. Passaram numa Temakeria e seguiram para outro bar. Até ai tudo bem. Quando chegaram, os olhares estatalados em cima de sua pessoa, as vezes isso incomoda bastante, mas deixou pra lá. Subiram para uma mesa. No primeiro andar tudo ia bem, algumas pessoas também sentaram ali perto. Estava tudo bem até ai. Mas, o mal estar começou. Uma dor de cabeça, no corpo, uma moleza. Dor nas costas, na perna, um sono...

Pode parecer pilha para uns, outros podem acreditar, mas tem gente que absorve com facilidade as 'energias negativas' do ambiente, e ele era uma dessas pessoas. Ele não sabia de onde vinha. Mas se sentia incomodado com a presença daquelas pessoas na mesa ao lado e em frente a sua. Elas não paravam de olhar. "que o universo devolva a você 7x77x tudo aquilo que me desejar", pensou.

E por causa desse mal estar começaram a falar de casos espirituais. Eram um tal de ver e sentir a presença de espíritos. Histórias e histórias. relatos. "Eu tenho curiosidade em dormir e meu espírito sair do meu corpo e eu me ver dormindo" "já me aconteceu isso" "já tive uma premunição uma vez..." "lembra de Fulano? Ele morreu num acidente, em 2003/2004, naquela rua que passamos hoje, e quando eu tava voltando da aula, a noite, eu o vi entrando no prédio dele. E quando vi o orkut dele, ele tinha morrido já fazia uma semana. Mas ele estava ali na minha frente super bem, demorei para acreditar" O papo tava bom. Aqueles das mesas próximas foram embora. O mal estar estava passando. Uma oração. Sinais de melhoras... Depois do bar resolveram molhar os pés no mar. Nada como uns minutinhos ali na areia, aquele silêncio, as ondas do mar indo e vindo. Limpar as energias. Pedir a bênção de Yemanjá. Com certeza, sairam dali renovados.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Conversa de bêbo sem estar bêbado...

Mais um domingo em uma mesa de bar. Nossa, isso já virando rotina heim?! hehehe... e onde mais poderia ser? no segundo bat-local, com o mesmo bat-pedido. O primeiro local?! ah! nunca mais fui lá, mas em breve retornarei para o bom e velho suco de limão. Isso me lembra uma amiga e uma história, mas deixo para um outro post. Vamos ao assunto de hoje.

Estávamos sentados no bar. Bebendo. Comendo. E falando nada com nada como sempre. Mas algo sucitou o debate da mesa. As logomarcas, nomes e marketing das cervejas. "Porque que aqui só vende Skin?""pergunta pro dono". "E porque Nova Skin?" "Porque antes era Skincariol, e com uma jogada de marketing mudaram para Skin. e a cerveja para Nova Skin porque dizem que mudou o sabor" "Sim! isso eu sei, o que estou perguntando porque o 'Nova Skin'?""Deve ser porque todos falavam a nova Skin, se referindo a nova cerveja e ai acabou pegando esse novo. O marketing achou rentável o nome e aderiu à logo".

Um minutinho de silêncio... [atentem para o fato de que um deles parece daqueles meninos pequenos, chatos, que perguntam tudo. até porque o céu é azul e não se contentam quando dizemos que foi porque Papai do céu quis assim.]

"Mas não está certo isso". "ok! ok! pronto! acabou! chega!"

Mais um minutinho de silêncio...

"E porque não Nova Skol?" "Porque eles não mudaram o 'sabor', porque não combina. Vai pela sonoridade Nova Skin... Nova Skol... nada a ver!" "Oxe! Por que não?" "iiiii! chega!" "Por que 'a cerveja que desce redondo' e não redonda?" "Porque é a forma como desce: redondo. não é para concordar com o sujeito a cerveja". "mas não devia. devia ser redonda" "mas está relacionando com a forma como a cerveja desce e não é ela que é redonda".

Acho que mesmo sem conseguir uma explicação plausivel, ao nivel das suas inquietações, ele se calou. O outro tomou o último gole de refrigerante. Pediram a conta. Pagaram e sairam...

domingo, 15 de junho de 2008

Somos o que comemos e bebemos...

Mesa de bar sempre tem álcool, mas na NOSSA mesa sempre rola uma comidinha!!! Sem trocadilhos!! Uma comemoração de aniversário + uma despedida = amigos íntimos reunidos. Comida japonesa?!?! Hummmmmmmmmm!!!! Que apetitoso!!! Todo mundo lambuzando-se e porque não, empanturrando-se!!!

“-Hei! Traz salmão grelhado, por favor?!?!” “Você ainda vai comer?!” “vir aqui e não comer salmão grelhado não vale, quer um?” “Quero!” Um século depois... depois de várias idas ao buffet... Bem depois... O salmão chega! O estômago reclama pelo excesso de trabalho na noite. Mas vamos comer!!! E com a ânsia de devorar aquele pedaço de peixe antes que o alarme biológico grite, primeiro pedaço bom!!! Humm! Humm... ESPERA!!!! Uma janela antes de continuar. Abre a janela: definitivamente, deveria ser proibido as pessoas jantarem de cabelos ao vento! Que falta de higiene, o cabelo mistura-se com a comida e você coloca na boca. Coisa do tipo, QUE NOJO!!! (Fecha janela).

Voltando a comilança, segundo gostoso! Mas, no terceiro pedaço, vem algo diferente, uma textura diferente, algo muito estranho! “Ai ai ai, é um cabelo, e comprido, puxa, puxa, puxa!!” “Vomite pra lá!” “ECAAAAAAAAAAAT! Engoli!” Depois de muita luta, não havia mais nada a se fazer, o cabelo já tinha decido goela abaixo com salmão e tudo. Pior de tudo é que depois disso aquele garçom ainda para e avisa: “cada peça deixada será cobrada a taxa de R$2,00”.

Olhos e olhos!!! Dois pedaços enormes de salmão, mas quem come?!?!? Então vem a parte da missão secreta. Com muito cuidado e escondido dos garçons, o salmão foi delicadamente enrolado no guardanapo e depositado no bolsinho da bolsa, que estaria até hoje se alguém não se lembra da presença deles dois dias depois. Pelo menos ninguém comeu comida com cabelo e ninguém pagou extra. Entretanto ficou uma questão: Cabelo sofre digestão?!

segunda-feira, 9 de junho de 2008

"tun tun tun meu coração...quem mandou se apaixonar"

Já disse uma vez e repito... cuidado, somos os da mesa ao lado e qualquer coisa que você diga pode ser tema de um post nosso aqui no Blog [risos maléficos].

Noite de domingo, nada pra fazer nessa provincia, chuva, friozinho vamos pra onde mesmo?! ficar na cama com o edredon e assistindo Fantástico não dá né?! Vamos para o cine [o filme, Sex and The City] e depois 'vamos simbora prum bar' sem beber e cair porque no dia seguinte temos que levantar cedo, cada um com seu encargo do dia [trabalho, assistir aula e dar aula]. E em meio a conversas, confissões de coração partido, histórias de amor furadas, história de como dois deles se conheceram ao acaso... e por ai vai, sentam em uma mesa próxima três meninas. Numa outra mesa sentam, estrategicamente posicionados de frente para elas, três rapazes.

Curioso como mulher é um bicho [com toda a licença do uso da palavra] dramático e reage [a sua grande maioria] da mesma forma perante um pé na bunda. Vão pro bar encher a cara, mas antes, enquanto fazem suas chapinhas leem seus livros de "Como falar tanta merda junta em uma mesa de bar". Certo que conheço umas e outras que não são assim, ficam na fossa, mas vão os anéis [pode ser esse mesmo ai que você pensou, seu ninfomaníaco] e ficam os dedos. "Manda ele se f***" "Verdade se ele não te deu valor é porque ele não te merece" "Vamos beber pra esquecer nossos problemas" "Ele que vá pro inferno" e mais uma enxurrada verborrágica de palavrões, pragas e tudo que se diz em momentos de raiva. E brindam como se aquilo fosse uma vitória, batem os copos no velho tintim e como não teem coordenação motora [com certeza já tomaram umas em casa] derramam boa parte daquele liquido 'loiro' na mão, mesa e quem estivesse próximo tamanha violência do brinde. [essas ai estavam com raiva mesmo]

Na outra mesa, os rapazes todos de preto pareciam urubus secando a carne podre [no caso das meninas talvez sim, porque pegar mulher na fossa com raiva de homem com certeza não é uma boa opção, nem pra tira-gosto]. Com certeza eles também leram seus livrinhos de auto-ajuda: "Como cantar uma mulher em uma mesa de bar". Elas dizem "nós estamos muito bem sozinhas" e eles comentam entre si "sozinhas? oba". Um engraçadinho solta "nós estamos aqui meninas".

Não sei, mas prefiro acreditar que seja o desespero do temível, terrível, adorado, odiado e outros tantos adjetivos a depender do ponto de vista e do contexto, dia 12 de junho. As pessoas ficam neuróticas. Os homens querem uma boa foda antes de mais nada, depois pensam em não passar um dia 12 solteiros enquanto boa parte dos seus amigos estão com as 'namoradinhas' [pelo menos a oficial dentre as milhares de piriguetes que eles pegam por ai e continuam pegando], pois já não tem a companhia para ir prum bar encher a cara. As mulheres ficam deprimidas, depressivas, eufóricas, doidas para encontrar um macho que seja otário o suficiente de dar aquela bolsa da Armani, Vitor Hugo, ou qualquer outro acessório de grife e, depois, leve-a para o motel mais caro, suite mais cara e a satisfaça sexualmente.

Em ambos os casos tudo acaba no sexo. Seja antes, durante e depois... mas, resumindo, nós somos tão iguais e previsíveis... Hoje elas choram por ter sido abandonadas, amanhã estão na baladas com as amigas pegando geral, depois se apaixonam e o ciclo se repete... Eles também são assim, hoje pegam geral, amanhã uma delas o pegou e o prendeu numa coleira [com o nome dela?! plagio oposto à Luma de Oliveira?!], durante arruma mais uma otária para se sentir mais homem e o 'todo podereso', o fodão entre os amigos. mais tarde ele é trocado por um malhadão com carro importado, ou deixa solteira mais uma vítima que futuramente fará aquele ciclo descrito inicialmente.

Outro dia li um texto anônimo que falava sobre como surgiu as mulheres galinha, e como elas se tornaram tão avassaladoras. Tudo começa bem, um bom namorinho, mas o cara sente falta de pegar geral com os amigos. Certo dia resolve larga a namorada, por acreditar que não está pronto para tal relacionamento, e volta a sair com os amigos, pegando geral e deixando mais uma mulher arrasada aos prantos. Essa resolve se vingar depois de muito chorar e fazer a mesma coisa que os caras fazem: usam, abusam e jogam fora. E por fim o anônimo conclui: "Muito bem, acabamos de criar uma monstra...Elas são assim por culpa nossa".

É sempre assim não muda nunca...

domingo, 8 de junho de 2008

Ser incoveniente tem limite

"Hoje é sexta-feira, traga mais cerveja... chega de aluguel, chega de patrão... cerveja cerveja cerveja, cerveja"

Ok, Ok... hoje já não é mais sexta-feira, mas o fato aconteceu na sexta passada. Eles estavam lá... doidos para entrar no recinto e aquela confusaozinha na porta. Na fila de entrada [atenção para o 'de entrada'] um retardado pergunta "essa fila é pra quê? pra entrar?" "um la no fundo responde é sim..." e um mais a frente ouvindo essa pérola responde "não! é para ir ao banheiro" e alguns riem...

Uma outra resolve dá piti já do lado de dentro berrando para uns que estavam do lado de fora "vocês não vão entrar não?" "eu já tô entrando" [que conclusão ela chegou sozinha... se eles estavam fora e ela dentro isso significava o que mesmo?] e mais uma vez eis que respondem "já vai tarde" e mais algumas risadas...


Do lado de dentro... "essa mala encostou ai e não sai mais, oh deus..." "ninguém merece". Pensem num guri mala que se encostou naquela turma [que não era a dele] e achava que já era amigo intimo de todos? Pois, risadas vão e vem, fotos pra lá e pra cá, bebida e todo lugar que eles paravam o mala parava junto. Pose para sessão de fotos. "junta ai vocês" e o chato foi logo se escalando para a foto. "que porra", comentou um deles. "ele não se toca não?".

E assim foi a noite toda... muita risada, flashes e a presença incoveniente do mala. "o que é aquilo?" "totalmente sem noção" "chega de fotos" "venha amigo tira foto com a gente" "com esse mala ai eu não tiro foto nenhuma mais" "daqui a pouco você joga esse menino lá embaixo" e todos riem...

"vamos, nós três" "junta ai" e o mala se achou no direito de sair na foto também e foi a gota d'água. "sai. você não. essa foto é só de nós três, dá licença!" "amigo você fez isso mesmo?" "lógico" e mais uma sessão de risos...

Então, se você é daqueles que adora aparecer na foto dos outros, achar que aquela turma descolada são seus amigos intimos. Se toque para você não se passar por ridículo e levar um chega pra lá bem dado. "Sai pra lá bicão, sai pra lá mané, vê se desaparece... sai da minha aba sai pra lá, não aturo mais você".

sábado, 7 de junho de 2008

As desculpas que todo mundo dá

Já reparou que mulher reunida sempre fala mal dos homens?!?!?! Ainda mais se forem solteiras! Eu conheço um grupo de meninas solteiras por opção, que vive queimando no mármore por conta dos homens. Mas também, eles dão motivos... Certa feita, duas garotas foram para o bar com um amigo, o Vitória havia vencido o jogo, estavam todos comemorando! O telefone da criança tocou... Dito e certo, era a namorada dele (hoje, a ex). Depois de 15 tentativas, ele vai ao carro, se tranca todo e atende o telefone. A desculpa?!?! “Amor, eu estava dormindo, aconteceu alguma coisa?”. Sai do carro a gargalhadas e ainda faz piada para as amigas sobre o ocorrido e de como a coitada ainda ficou com pena por ter acordado o menino inocente!
Cara de santinho?!? Total! Quem olha nunca imagina! E como ele dormiu naquele dia, viu!?!?!?! Não sei que sono foi aquele, mas se passou três horas até a enganada tentar se comunicar novamente. Foram 25 ligações perdidas no celular dele, que vibrava sem ser percebido no meio da mesa, do lado da cerveja. É por essas e outras que na cabeça de toda mulher (menos as apaixonadas) que homem nenhum presta!!! E quem disse o contrário?!?!?!

Já em outro dia, um ex ligou e retirou da mesa do bar a nossa personagem principal. Ela foi para o banheiro e ficou lá meia hora brigando no telefone. Briga feia! De gritaria e tudo! Acabou com a noite da pobre menina que ainda se derretia de paixão. Dois dias depois, ele aparece, mesmo namorando com outra, e falando mil e uma juras de amor às seis da manhã na sua porta. Claro que ele havia passado pela mesa do bar antes, estava trocando as pernas. É por essas e outras que homem não vale nada... Espera... Se bem que... tudo ocorreu sob influência direta ou indireta da mesa do bar... Talvez não sejam os homens os culpados, talvez a responsável pelos desentendimentos amorosos seja a MESA DO BAR. Será?!?!?!?!?!

domingo, 1 de junho de 2008

A propaganda é a alma do negócio

Mais uma vez, em um bar badalado de Salvador, entre conversas e mais conversas...

"eu não aguento mais essa propaganda da Polishop" "oh vei, eu já estou convencido de que preciso daquela escada".

Na tv LG Slim de Plasma, a única coisa que passava era a propaganda da Polishop, que anunciava uma escada multi-uso. Na moral, só faltou dizerem que a escada podia virar um carro. A escada era compacta, dobrava toda. Quando abria, a escada tinha diversas posições e ainda servia de andaime. E comprando a escada, recebia "inteiramente grátis" uma mala de ferramentas, parafusos, brocas, buchas... um kit pedreiro-marceneiro. Só faltou o vídeo-aula de como utilizar aquela mala.

"me convenceu, eu quero aquela escada".

Depois da escada foi a vez de uma escova de cabelo que seca e alisa. Dando dicas de mil e uma formas de mudar "seu penteado". Uma das meninas quis logo comprar uma pra ela. "eu não posso, a moça no salão disse que eu tô ficando careca aqui na frente, que tá bem ralinho, veja as fotos daquela festa para você ver o buraco que está" [qualquer semelhança comigo é mera coincidência mesmo, não fui eu quem disse isso não mas parece né? hehehe].

Por último e não menos importante... um aspirador de pó, multifuncional também. "essa é para você quando morar sozinho". "nem faz poeira para você arrumar a casa". "eu ainda prefiro a escada e a mala de ferramentas e bagulhos de carpinteiro".

Pois é, já disse que minha tese de mestrado será a análise do discurso persuasivo da Polishop. Porque depois daquele bombardeamento de informações apelativas, quase um "compre batom, seu filho merece batom" [lembram dessa propaganda? quem não saia correndo para comprar batom ou qualquer outro chocolate?]. Isso me leva a pensar nas demais propagandas que incitam o desejo de comprar o produto anunciado. Depois de uma overdose de estudos sobre "análise do discurso" é fácil perceber a "mágica" das palavras da propaganda.